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quinta-feira, 7 de julho de 2011

QUEM SE PREOCUPA COM A EDUCAÇÃO?

QUEM SE PREOCUPA COM A EDUCAÇÃO?


Prof. Sandro C. Moreira



O movimento do magistério catarinense lutando pela implementação do PISO NACIONAL DE SALÁRIO, entrando em greve no dia 18/05, paralisando praticamente 90% das atividades educacionais da Rede Estadual de Ensino em todo território catarinense, movimento como a muito não se via, sem relações com ideologias políticas, um movimento puro, justo e legal, tendo como único objetivo:


- A implantação do PISO NACIONAL DE SALÁRIO, declarado constitucional pelo STF da República Federativa do Brasil.


Na greve ao longo desses mais de 40 dias foram muitas as passeatas, muitas declarações de angústias dos professores, vários encontros em Florianópolis, muita produção de material de divulgação como faixas, textos para jornais, para panfletagem e a cada dia intensivos trabalhos de união da classe nos mais diversos QGs instalados no território catarinense. Intensamente utilizados estão os blogs, mantendo em tempo real todas as informações. Mas o que de fato até o momento aconteceu?

- O governo reconheceu o direito dos professores, mas não cumpre a lei.
- Com medidas provisórias acertou o salário do nível inicial do magistério, retirando gratificações legais dos últimos níveis do plano de cargos e salários para adequar o 1º nível.
- Envia para a Assembleia legislativa Medida Provisória alterando os percentuais (para menos) da regência de classe (Lei no estatuto do magistério a mais de 20 anos)
- O foco do movimento desloca-se do Piso para os Percentuais da Regência de Classe
- Os dias parados são descontados na folha de junho (de forma brutal)
- E, após 40 dias de paralização 17 regionais do SINTE em assembleias decidem retornar às salas de aula.

Diante desse quadro o que está acontecendo, visto que os professores paralisam as atividades com um ganho e retornam com um ganho menor?

Na guerra do contestado, o governo somente conseguiu a vitória quando afastou os valentes caboclos da comida. Se, este for o raciocínio, os professores estão escolhendo comer menos, mas comer! Os caboclos foram massacrados!

Já o governo, utiliza de todos os artifícios jurídicos, de todos os meios de linguagem e toda a mídia para colher os “louros políticos” com boa imagem na sociedade proletária, cujo mundo socioeconômico é muito restrito e nas sociedades dos pequenos municípios o modelo de administração pública ainda é o militar!

E, quanto a relação da classe média e média alta com o GOVERNO, “em meio a uma nuvem”, apoia o movimento, mas, entende que é bom o governo colocar o quanto antes os professores nas salas de aula, visto, estarem atrapalhando o desempenho da produtividade. Os filhos destas classes estudam em escolas particulares e municipais.


A classe proletária é interessante para os detentores do poder econômico e político enquanto gastam e votam e para isso não é necessário tanto estudo, muito pelo contrário!

E, a educação nessa história onde é que fica? No idealismo do magistério, que cuida, atende, se preocupa com estatísticas, com bingos, rifas, festas, e acima de tudo DISCIPLJNA, MOLDA COMPORTAMENTOS, exerce as FUNÇÕES DOS PAIS E DA FAMÍLIA, e, se sobrar tempo, até pratica a sua específica função: ENSINA para o bom desempenho do governo e da manutenção do status quo político vigente.

Os profissionais da educação, nas suas mais variadas áreas, passam o tempo vendendo a ideia à classe majoritária proletária e aos seus filhos de que todos têm e terão seu espaço no mundo político e socioeconômico estudando, entretanto, educação da rede pública estadual está falida. Que grande enganação!

Todavia, “o sonho é a energia da vida”!

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